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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal do Senhor!


Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

(Sermo 185: PL 38, 997-999)

(Séc. V)

A verdade brotou da terra e a justiça olhou do alto do céu

Desperta, ó homem: por tua causa Deus se fez homem. Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá (Ef 5,14). Por tua causa, repito, Deus se fez homem. Estarias morto para sempre, se ele não tivesse nascido no tempo. Jamais te libertarias da carne do pecado, se ele não tivesse assumido uma carne semelhante à do pecado. Estarias condenado a uma eterna miséria, se não fosse a sua misericórdia. Não voltarias à vida, se ele não tivesse vindo ao encontro da tua morte.
Terias perecido, se ele não te socorresse. Estarias perdido, se ele não viesse salvar-te. Celebremos com alegria a vinda da nossa salvação e redenção. Celebremos este dia de festa, em que o grande e eterno Dia, gerado pelo Dia grande e eterno, veio a este nosso dia temporal e tão breve. Ele se tornou para nós justiça, santificação e libertação, para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor” (1Cor 1,30-31).
A verdade brotará da terra (Sl 84,12), o Cristo que disse: eu sou a verdade (Jo 14,6), nasceu da Virgem. E a justiça olhou do alto do céu (cf. Sl 84,12), porque o homem, crendo naquele que nasceu, é justificado não por si mesmo, mas por Deus.
A verdade brotou da terra porque o Verbo se fez carne (Jo 1,14). E a justiça olhou do alto do céu porque todo o dom precioso e toda a dádiva perfeita vêm do alto (Tg 1,17).
A verdade brotou da terra, isto é, da carne de Maria. E a justiça olhou do alto do céu porque o homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu (Jo 3,27). Justificados pela fé, estamos em paz com Deus (Rm 5,1) porque a justiça e a paz se beijaram (cf. Sl 84,11) por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo, pois a verdade brotou da terra. Por ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus (Rm 5,2). Não disse “de nossa glória”, mas da glória de Deus, porque a justiça não procede de nós, mas olha do alto do céu. Portanto, quem se gloria não se glorie em si mesmo, mas no Senhor.
Eis por que, quando o Senhor nasceu da Virgem, os anjos cantaram: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade (Lc 2,14 Vulgata). Como veio a paz à terra senão por ter a verdade brotado da terra, isto é, Cristo ter nascido em carne humana? Ele é a nossa paz: de dois povos fez um só (cf. Ef 2,14), para que fôssemos homens de boa vontade, unidos uns aos outros pelo suave vínculo da caridade.
Alegremo-nos com esta graça, para que nossa glória seja o testemunho da nossa consciência, e assim nos gloriaremos, não em nós mesmos, mas no Senhor. Por isso disse o Salmista: Vós sois a minha glória que levanta a minha cabeça (Sl 3,4). Na verdade, que graça maior Deus poderia nos conceder do que, tendo um único Filho, fazê-lo Filho do homem e reciprocamente fazer os filhos dos homens serem filhos de Deus? Procurai o mérito, procurai a causa, procurai a justiça; e vede se encontrais outra coisa que não seja a graça de Deus.


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Salesiano Chinês o novo Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos

(23/12/2010) Bento XVI nomeou hoje o salesiano chinês Xavier Hon Tai-Fai como novo Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, elevando-o à dignidade de arcebispo.
Nascido há 60 anos, em Hong-Kong, Padre Tai-Fai é professor de Teologia no Seminário Maior de Hong-Kong e ensinou também noutros seminários chineses. Foi responsável pela tradução chinesa do Catecismo da Igreja Católica. É membro da Comissão Teológica Internacional.
Dentro da família salesiana, desempenhou diversos cargos de responsabilidade, nomeadamente como Provincial da Província da China (que incluiu a China continental, Taiwan, Hong-Kong e Macau).
É considerado um homem de diálogo, que conhece bem a realidade da Igreja Católica na China, com toda a sua complexidade e no conjunto das suas componentes, incluindo a chamada “Igreja oficial”, fiel às autoridades de Pequim.

Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

História do Natal digital

Um vídeo muito criativo sobre o nascimento de Jesus. Vale a pena conferir:

 

Aparecida o filme

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Papa: o que diferencia as obras de caridade cristãs

Tratar os demais com os sentimentos e o coração de Cristo

CZESTOCHOWA, quinta-feira, 2 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI considera que aquilo que verdadeiramente diferencia as obras de caridade cristãs é o espírito com que oferecem seu serviço aos mais necessitados: com o coração e os sentimentos de Jesus.
O Papa fez essa consideração na mensagem que enviou aos participantes nos exercícios espirituais do Conselho Pontifício “Cor Unum” (29 de novembro a 3 de dezembro), para responsáveis por obras de caridade católicas na Europa, no Santuário mariano de Jasna Gora (Polônia), com presença de cinco cardeais, 50 bispos e fiéis de 26 países.
Na mensagem, Bento XVI afirma que “a formação do coração, que estes exercícios querem promover, deveria acender em vós os mesmos sentimentos de amor oblativo que moveram o Senhor Jesus a se inclinar para lavar os pés de seus discípulos”.
Já o cardeal Antonio Cañizares, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, na homilia da missa que celebrou nessa terça-feira no evento, convidou os responsáveis por organizações caritativas a colocarem Cristo no centro de suas vidas.
“N’Ele, que se despojou de sua condição e se submeteu inclusive à morte, e morte de cruz, por nós, em virtude do puro amor e misericórdia por todos, está nossa esperança.”
“Nossa vida, assim como a dos apóstolos, só pode ser um testemunho do amor imenso a nós revelado em Jesus Cristo, sobretudo para os pobres e abandonados”, disse.